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Visita da CPA

Os deputados da Comissão Parlamentar de Ambiente da Assembleia da República, estiveram em Abrantes na manhã do dia 5 de abril, no âmbito de um périplo por vários troços do percurso do Rio Tejo com o objetivo de se inteirarem sobre as situações que atingem a qualidade da água, contactando com autarquias e outras entidades ligadas a esta temática. Em Abrantes, os pontos de visita foram o Centro de Interpretação do Tejo (Parque Tejo, Aquapolis sul); travessão junto à Central e Açude Insuflável. Colocar o Tejo “no topo da agenda política nacional” é o objetivo da visita, sintetizou o deputado Pedro Soares (BE), que preside à Comissão. Na intervenção de boas vindas, a Presidente da Câmara Municipal de Abrantes identificou os baixos caudais, as transvases para o sul de Espanha, as descargas poluentes, entre outros, como fatores que afetam a qualidade da água e colocam em causa o investimento público feito nos últimos anos nas margens ribeirinhas do Tejo para devolver o rio às populações ribeirinhas. “É uma preocupação que não é nova e que não é de agora”, sublinhou Maria do Céu Albuquerque que elencou os alertas da Câmara, da CIMT  mas também a realização do debate “Este Tejo que nos Mobiliza”  alargado às comunidades intermunicipais representativas dos municípios ribeirinhos sobre os problemas que têm vindo a afetar a qualidade da água, realizado em 2015, por ocasião do Dia Mundial da Água, iniciativa da Câmara de Abrantes.
Na passagem pelo açude insuflável, a autarca explicou o historial desta obra de engenharia hidráulica, que remonta a 2007, com recurso a tecnologia inovadora para permitir a formação de um espelho de água permanente com condições para a realização de atividades náuticas e de lazer. 

 
Prestou contas acerca do seu funcionamento, tendo assegurado que o mesmo cumpre os requisitos ambientais. Reafirmou o compromisso para continuar a avaliar e encontrar soluções para o processo de monotorização da escada passa peixes. Referiu que esse trabalho é feito desde a sua construção, lamentando que depois de ter sido nomeada uma comissão técnica constituída por várias entidades que tutelam o rio, as mesmas terem vindo a ser reestruturadas e renomeadas o que se traduziu, por vezes, em dificuldades acrescidas de articulação. A Câmara está a trabalhar com a comunidade científica, em concreto com a equipa de investigadores da Universidade de Lisboa liderada pelo investigador Bernardo Quintela, para desenvolvimento de um sistema de monotorização.


A Presidente da Câmara reclamou uma nova abordagem sobre o território do Tejo que valorize o ecossistema e o desenvolvimento económico, quer através da pesca, mas também das atividades desportivas e de lazer (turismo). “Todos somos responsáveis por devolver o Tejo ao seu lugar”, concluiu.


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