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Poluição Tejo – Comunicado

A APA – Agência Portuguesa do Ambiente divulgou no dia 05 de fevereiro de 2018 o resultado de algumas análises realizadas no dia 25 de janeiro a unidades industriais e ETAR’s, em vários concelhos da linha do Tejo.

Relativamente às inspeções realizadas no território de Abrantes, os resultados dão conta de incumprimento de parâmetros ocorridos na ETAR da Fonte Quente, em relação aos níveis de carência bioquímica e química de oxigénio e de sólidos suspensos totais. Contudo, Nuno Banza, Inspetor Geral do Ambiente, referiu que: “não consideramos estes incumprimentos expressivos, uma vez que esta ETAR apenas contribui com 5% da carga orgânica despejada no Tejo”. Há, portanto, outras entidades que contribuem com 95% da carga orgânica despejada no Tejo, que não as infraestruturas públicas instaladas no território de Abrantes.

Sobre os dados revelados, a Câmara Municipal de Abrantes (CMA) manifesta o seguinte:
Congratulamo-nos com as diligencias dos serviços do ministério do ambiente com vista a apurar responsabilidades sobre o cenário devastador de poluição no Rio Tejo e sobre o qual por diversas vezes já nos pronunciamos e tomamos posição;
A CMA, enquanto entidade responsável pela concessão deste serviço, solicitou à entidade concessionária, a Abrantáqua, esclarecimentos sobre a situação aludida e exige que proceda às devidas correções e que tome todas as iniciativas no sentido de evitar situações de incumprimento;
Abrantes assume as suas responsabilidades, sendo disso exemplo o investimento que tem feito ao longo dos últimos anos em matéria de recolha de tratamento de águas residuais, com uma cobertura de 93%. Recentemente foi feito investimento com a instalação de tratamento terciário em 3 ETAR´s;
A CMA refuta que uma situação de caracter pontual seja apontada como estando na origem do manto de espuma no rio, ocorrido nas últimas semanas. Não há descargas de ETAR´s urbanas capazes de provocar o que se tem assistido no Rio Tejo, nomeadamente no território de Abrantes, bem como a montante de Abrantes com episódios constantes de espuma.

Repetimos: congratulamo-nos com as iniciativas desenvolvidas e sobre as quais estamos na expetativa que venham a apresentar respostas cabais para o esclarecimento definito da situação.
Este é um problema que não é apenas do território de Abrantes.
É um problema nacional que urge respostas urgentes, sob pena de perdermos um grande ativo nacional que é o rio Tejo.


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